quarta-feira, 18 de abril de 2012

O que Dawkins não sabia: em busca de uma Teoria Estendida da Evolução

O biólogo britânico Richard Dawkins é reverenciado mundialmente como um dos grandes pensadores contemporâneos da teoria da evolução. Ele, junto com o finado paleontólogo norte-americano Stephen Jay Gould (1942-2002), provavelmente está entre os autores mais lembrados pela opinião pública quando se fala sobre o maior espetáculo da Terra, a evolução das espécies. Para muitos, as palavras de Dawkins a esse respeito constituem o estado da arte da teoria evolutiva. A idéia desenvolvida por ele no seu “The Selfish Gene” (“O gene egoísta”), originalmente publicado em 1976, ainda funciona como principal referência para a discussão sobre os níveis de seleção e o genecentrismo do processo evolutivo.

No entanto, como se descobre ao se estudar os desenvolvimentos das ciências biológicas nas últimas décadas, o escopo da obra de Dawkins talvez apenas arranhe a complexidade inerente da evolução orgânica e de seus processos multi-facetados. O título dessa postagem foi uma provocação do aluno de Graduação em Biologia da UFABC, Vinícius Parajara, um dos participantes do projeto "Leituras no Laboratório de Sistemática e Diversidade (LSD)", em que reservamos algumas horas semanais para trocar idéias e aprender um pouco mais a respeito de padrões e processos do mundo biológico. Muito do que Dawkins não mostra em seus livros é tema da assim chamada Teoria Estendida da Evolução.