sábado, 15 de maio de 2010

Tragédia taxonomômica no Butantan

Um incêndio nessa manhã de sábado (15/05) destruiu a maior parte da coleção de serpentes, aranhas e escorpiões do Instituto Butantan, na cidade de São Paulo.

Mais de 100 anos de serviços prestados à ciência (em especial à sistemática) da região Neotropical consumidos em poucas horas... Não há palavras para expressar o sentimento de um taxônomo frente à essa situação.

Leia mais em:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u735622.shtml

5 comentários:

Unknown disse...

Oi Charles,

Realmente muito triste o acontecido...

Renato.

Charles Morphy D. Santos disse...

Caro Renato,
Realmente muito triste. Foi uma profunda perda para a ciência brasileira (e mundial). Estive há poucas semanas no Instituto e a coleção impressionava: muitos espécimes, diversidade absurda de formas e distribuição geográfica, registros de coletas antiqüíssimos... infelizmente, material irrecuperável.
Abraço

Leo disse...

Caramba Charles....eles não possuíam algum sistema de alarme/controle/prevenção para conter o fogo?

Leonardo Momo

Quark, uma das elementares... disse...

Infelizmente não Leo, tanto que o guarda que cuidava lá nem tinha a chave para ver o que acontecia, teve de correr chamar outro alguém, até o outro alguém chegar.. a cascata do fogo já tinha se acionado.

A situação é um tanto precária mesmo. Hoje de manhã começou um novo foco de fogo la dentro para acabar com o que não tinha sobrado.

Enfim, havia projetos para melhorar infraestrutura, todos já estavam cientes de que necessitava... pedidos e projetos já haviam sido enviados. Uma parte do prédio já estava sendo reformada. Mas a parte do acervo ainda não.


O que faltou não foram projetos, foi agilidade na aprovação destes!


No Brasil, é isso que nos falta: agilidade para resolver os problemas, em boa parte por causa dos parceiros, também. Não depende da vontade de um apenas.


Só depois que um acidente acontece que tomam-se as medidas mais rápidas.. No Brasil sempre foi assim, não sei até quando será.


Quando o Brasil deveria ser palco da biodiversidade com nossos museus, com estas inadequadas instalações vai ser novamente de vexame. Veja ano passado as obras de Helio Oiticica no RJ, evaporadas memórias como agora.
Mas sem crise.. sem síndrome do vira-lata, de que o outro é sempre o melhor, vamos tomar a tragédia para agilizar outras situações semelhantes.


Professor Charles, tem de ver o Museu de Zoo também, tem uma parte que é igualzinha ao que pegou fogo agora. Uma que eu quase derrubei as estantes se nao fosse o professor Eduardo me segurar. Recomendo você que tem mais poder de escrever para eles sobre uma medida rápida, se agora já não estão escrevendo. Mas ainda que estejam é válido reforçar o pedido. Se precisar de ajuda para escrever, mas enviar tem de ser vocês profs de Zoo com mais moral científica.



Em questão dos processos que podiam-se estudar quanto da origem e diversificação das espécies foi em verdade uma perda incalculável. Além da perda dos registros históricos daqueles que desde o século passado chegavam lá com as espécies...enfim, não sei mais o que comentar, é deplorável.

Baena disse...

Prevenção não é o forte da administração pública...o jeito é remediar e torcer para q o acontecido alerte outros setores em risco!