Do Epílogo de The Feynman Lectures on Physics (1964):
Finally, may I add that the main purpose of my teaching has not been to prepare you for some examination - it was not even to prepare you to serve industry or the military. I wanted most to give you some appreciation of the wonderful world and the physicist's way of looking at it, which, I believe, is a major part of the true culture of modern times. (There are probably professors of other subjects who would object, but I believe that they are completely wrong).Em tradução livre:
Perhaps you will not only have some appreciation of this culture; it is even possible that you may want to join in the greatest adventure that the human mind has ever begun.
Finalmente, posso acrescentar que o propósito principal das minhas aulas não foi prepará-los para alguma prova - nem de prepará-los para servir à indústria ou aos militares. O que eu mais queria era lhes dar um vislumbre do mundo maravilhoso e de como um físico olha para ele, que, eu acredito, é uma parte importante da verdadeira cultura dos tempos modernos. (Provavelmente existem professores de outras matérias que objetariam, mas acredito que eles estejam completamente errados).Você certamente não estava brincando, Sr. Feynman!
Talvez vocês não apenas tenham um vislumbre dessa cultura; é até mesmo possível que queiram se juntar à maior aventura que a mente humana jamais começou.
4 comentários:
Caro professor Morphy,
Feynman en su clase, pediu que os alunos imaginassem campos magnéticos e elétricos. Sabe como? Como imagino EU um campo elétrico e magnético? Que eu vejo realmente? Quais são as exigências da imaginação científica? É algo diferente d imaginar anjos invisiveis? Não, não é como imaginar anjos invisíveis. Necessitamos de um grau maior de imaginaçao p/ compreender campo eletromagnetico q p/ compreender anjos invisíveis. Por quê? Pq p/ fazer compreensíveis anjos invisíveis, todo q tenho q fazer é: alterar suas propriedades un pouquinho- os faço ligeiramente invisiveis e então, posso ver as formas d suas asas e seu corpos, sua aureola . Uma vez q logrei imaginar anjos visíveis, a abstração necessária - q é tomar anjos quase invisíveis e imaginar los completamente invisiveis - é relatamente fácil. E vcs então diriam: Professor, de-me uma descripçao completa das ondas eletromagneticas, ainda q seja ligeiramente inexata, d modo q eu tb possa ver las como anjos quase invisíveis. Logo modificarei a imagem até chegar a abstração necessária.
E o que Feymann por suposto respondeu??!!
Fica p/ o próximo capítulo, por ora deixo que imaginem.
Dessa maneira ele tem desenvolvido suas aulas extrapolando p/ as ideias modernas mais dificeis d imaginar.
O q vem acontecido é q cada vez a imaginação científica vem sendo esmagada a saltos alto. Uma onda de conhecimento é jogada na cara das crianças, e elas tem de decorar como uma prece, que soa estupidamente geração a geração.
Quando professores começarem a pensar desse novo jeito - que você postou- o problema de criar algo que seja novo ( e portanto de novos insights científicos), mas compatível c/todas as coisas q já vimos, deverá torna-se tão natural e claro como enxegar anjos invisíveis.
Ficam outros exemplos como Sagan, Fermi, esse ultimo chegou a perguntar em um teste de prova: “Quantos afinadores de pianos existem em Chicago?”. jajaja muito do engraçado, ou seja, nada de decorar, mas instigar o pensamento logico e racional.
Certamente, só pode ta brincando Sr Morphy se aderir a moda d uma aventura que a mente humana acaba d começar!! O q os outros professores pensariam d vc??!!
Abraços lógicos,,,
Vai parecer meio poético e viajado, mas afinal eu sou uma pessoa extremamente poética e mais-que-extremamente viajada. Eu acredito que a ciência deve ser aprendida como uma criança apreende o que está a sua volta no mundo. Eu me divirto com o que aprendo, e acho que isso faz toda a diferença. Ora, geometria analítica pode ser completamente inútil a biologia, mas gostei da matéria e fico imaginando como vetorizar funções orgânicas... é uma idéia maluca e talvez impraticável (não dêem atenção a ela porque no momento sequer eu tenho conhecimento suficiente para dar-lhe atenção ou descartá-la) mas seria útil. Isso é criatividade, milhões de tiros no escuro, mas guiados pelo pouco que sabemos do mundo que nos cerca e das ferramentas que outros cientistas desenvolveram. É profundamente triste que o sistema de educação brasileiro faça tanta questão de arrancar nos dentes toda e qualquer criatividade inerente aos alunos, me sinto triste pelas perdas que a humanidade tem por conta da produção em massa de pseudo-ciêntistas - afinal, um engenheiro, biólogo, matemático, físico ou químico que apenas propaga informações sem pensar acerca delas não pode de forma alguma ser dito um ciêntista.
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